Tudo começa no primeiro gole.


Não obstante os perigos para a saúde pública, o álcool no Brasil é considerado uma "droga social", rende excelentes lucros ao governo e aos produtores e toda malha que comercializa bebidas alcoólicas. Assim como no cigarro, o governo cobra nas bebidas alcoólicas, altíssimas taxas de impostos sobre a produção e comercialização, utilizando a desculpa de que são considerados "supérfluos". O consumo do álcool deriva de antes de Cristo e é mantido mundialmente como tradição, resistindo a todas e quaisquer estatística que denunciem as mortes causadas por ele. O álcool é de tal natureza nocivo que é capaz de transtornar o usuário num viciado em potencial, bastando para isso, o primeiro gole. Há naquele jargão popular muito conhecido: "Eu bebo pra esquecer meus problemas", o anúncio de alguém que consome álcool na expectativa de fugir, omitir-se dos problemas em que vive e muitas vezes é ai onde mora o perigo. Bêbado, o individuo entra num estado de torpor, seus reflexos tendem a mudar e seu senso esgota-se, variando estas reações de acordo com a capacidade de absorção de cada usuário. Alguns com apenas um gole já ficam transtornados, outros que se consideram "fortes", bebem de maneira excessiva, mas os efeitos são danosos nos dois. Existem os chamados "surtos alcoólicos", onde o usuário é capaz de perder o senso do ridículo, tornar-se agressivo, adormecer em público, fazer as necessidades fisiológicas sem controle e após isso, não lembrar-se de nada. O tão famoso "branco". Quando dirigido, um condutor que está embriagado pode perder as funções de reflexo e momentaneamente adormecer, por alguns segundos ao volante, tempo suficiente para ocorrer uma colisão onde os resultados podem ser fatais. Nesta mesma situação, ainda por conta da perca das funções de reflexo o individuo pode perder a noção de espaço, sensibilidade dos pedais, visibilidade da pista e provocar a colisão. Não raro são os atropelamentos ocorridos por conta de condutores alcoolizados, colisões leves, capotagens, derrapagens e outros acidentes. No âmbito familiar o álcool é responsável pela dissolução de vários casamentos. Indivíduos que alcoolizados espancam suas mulheres, seus filhos, destroem seus patrimônios e tornam-se alcoólatras inveterados e crônicos, porque sem força de vontade e tratamento, a tendência é o vício e a dependência aumentarem. As estatísticas do governo sobre crimes de homicídio relacionados ao uso de bebidas alcoólicas são tímidas, maquiando um problema secular e mundial, talvez um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. Mas no Brasil tudo é samba, é festa, é carnaval e tudo isso tem que ter cachaça, tem que ter bebida alcoólica. As mulheres, segundo estatísticas sérias, já estão ocupando espaço que antes era considerado masculino no consumo de álcool e isto nem de longe preocupam as autoridades, mas o número de estupros de mulheres embriagadas só cresce. Associou-se a mulher e a bebida de tal maneiro que todas as marcas de bebidas em sua prática de marketing exibem belas mulheres seminuas, na idéias de induzir cada vez mais homens ao consumismo. O apelo é: Tomar aquela marca que aquela mulher estará mais fácil. Enquanto isso vários casais são separados por conta dos adultérios, agressões e vexames familiares produzidos pelos alcoólatras. Tudo isso caro leitor, começa no primeiro gole. Pense nisso antes de virar o copo. E se beber, não dirija e se for dirigir, também não. Não é ideal, mas ameniza a morte por acidentes daqueles que nem sabem que cheiro tem aquilo que voce bebeu.