Felicidade e paz era tudo que Augusta desejava vivia as
brigas com seu marido Agenor por causa das bebidas, ele bebia e aprontava a
mulher que tinha 03 filhas pequenas sofria com as bebedeiras do marido, Helena,
Heliane, Heloisa eram crianças lindas e cheias de carinho, o alento que Augusta
tinha era ver o sorriso das filhas e ganhar seus beijos inocentes. Quando o
marido voltava do trabalho já chegava tonto e sem dinheiro apenas um pacote de
balas para as bonequinhas como ele as chamava as meninas adorava o pai mesmo
bêbado, sempre ele brincava com elas se tivesse sóbrio era mais sério, mas o contrário
brincava feito criança e para as filhas estava bem elas não entendiam a
tristeza da mãe em ver o marido assim. Quando as meninas estavam para escola a
mulher trabalhava fazendo faxinas o que ajudava nas despesas, as filhas estavam
começando a estudar e a mulher achava bom assim podia trabalhar um pouco e
quando terminava a aula as meninas esperavam a mãe terminar a faxina depois
voltavam para casa, a patroa de Augusta ajudava bastante dava muitas coisas
para as crianças e Augusta era muito grata. Uma tarde depois da faxina ela
voltava para casa com as filhas quando ao longe ouviu gritos e tiros era no bar
onde elas iriam passar com medo ela pegou a Helena a menor segurou na mão de
Heloisa e Heliane a mais velha segurou na outra mão de Heloisa elas caminhavam
rápido com medo de balas perdidas quando ouviu um grito Augusta pare ai fique
ai, as pernas bambearam ela precisou sentar ali no chão, um vizinho com sua
esposa vieram em sua direção a mulher já chorando abraçou Augusta e fez um
carinho nas crianças dizendo foi horrível você precisa ser forte. Sem entender
nada ela perguntou como assim o homem disse os tiros foram disparados em Agenor
por outro que bebia com ele morreu na hora não chegue lá vai para minha casa
com as crianças até o corpo ser retirado. As meninas começaram a chorar a
mulher mal conseguia caminhar. O velório foi triste e a vida da família seria
outra agora sem a presença de Agenor. A mulher lutou e venceu trabalhando com
garra e honestidade, e uma ajuda do cunhado que chegaria em hora certa.
O velório de Agenor e a dura realidade.
Quando chegou a triste hora de velar o corpo do marido a
mulher estava atônita sem fazer o que fazer os vizinhos tomaram afrente e
fizeram tudo na hora do sepultamento foi uma tristeza danada as três crianças
abraçadas a mãe chorando por um pai que foi morto por causa de uma aposta de
quem beberia mais pinga, o homem que matou era vizinho também só que estava
muito bêbado e como apostou que matava quem não bebesse mais que ele matou o
homem de graça, Agenor devia ter pensado ser uma brincadeira ele bebia mas não
fazia mal a ninguém a não ser a sua própria família. Arrependido o homem se
entregou pedindo perdão, mas isto não traria o homem de volta e suas filhas
como ficaram sem a presença do pai, foi triste e doloroso para a mulher
enterrar seu amor o pai de suas filhas. Mas uma coisa era certa ela faria de
tudo para garantir as filhas o sustento sem precisar fazer nada errado,
trabalharia dia e noite enquanto aguentasse. Os vizinhos ajudaram no começo,
mas depois foram se afastando um a um e a mulher ficou somente com suas filhas.
A patroa agora ajudava mais, contribua com alimentação das crianças e deu um
aumento no salário da mulher, aos fins de semana sempre pedia pra Augusta levar
as crianças já que não tinha aulas. O tempo foi passando as meninas crescendo
quando em vez iam juntas levar flores que colhia no jardim da patroa para
enfeitar a cruz que marcava onde foi sepultado. A vida estava difícil, mas ela
ia suportando e vencendo dia após dia com ajuda de Deus e de algumas pessoas
como Esmeralda sua bondosa patroa. A vida da pequena família mudaria com a
chegada de um irmão de Agenor que não se viam desde o casamento de Augusta.
A chegada de Agnaldo na cidade.
Quando Agnaldo chegou na cidade ainda não sabia do
acontecido estava morando em outro país fazia muitos anos, e como eram apenas
os dois eram órfãos de crianças não tinha como ter notícias, antes eles se
comunicavam até Agenor discutir com o irmão muito bêbado demonstrou ciúmes de
Augusta com ele o que os afastou. Ao receber a triste notícia ele se comoveu
muito e foi visitar as sobrinhas e a cunhada, as crianças em conheciam, ele foi
recebido com carinho por parte das crianças a mulher meio sem jeito pediu
desculpas por não ter algo especial para servi-lo no almoço era domingo e como
não ia trabalhar tinha apenas uma sopa. O homem vendo a situação foi no mercado
fez uma grande compra que daria para elas passarem uns 04 meses sem precisar
comprar nada a não ser uma verdura e carne. Depois foi ao material de
construção e comprou todo material necessário para reforma da velha casa que
caia aos pedaços, pagou um mês de aluguel tempo gasto na reforma, comprou
móveis de quarto para as sobrinhas e uma cozinha nova para cunhada. De certa
forma sentia-se responsável por elas agora depois que seu irmão se foi, permaneceu
um tempo na cidade e sempre visitava a cunhada. As sobrinhas eram apaixonadas
por ele se parecia muito com o pai, isto elas adoravam assim sentiam a presença
do pai por perto, antes de ir viajar novamente abriu uma conta bancaria para a
cunhada e depositaria uma certa quantia todo mês para ajudar as sobrinhas.
Augusta estava feliz com ajuda de Agnaldo, mas não dispensou seu trabalho o
dinheiro que viria ela deixaria para garantir o estudo de suas filhas e com as
compras que ele deixou elas passariam um bom tempo assim economizaria o
dinheiro de seu trabalho. A família sobreviveu e venceu com lutas, mas também
vitorias.
Texto
de Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a
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